quarta-feira, 2 de maio de 2018

Prevenção do suicídio infantil

Detectar atitudes suicidas
Detectar e compreender os sinais antes que as crianças realizem seus impulsos é importante ao tomar as medidas necessárias para evitar o suicídio. Os pais e outras pessoas próximas à criança devem prestar atenção ao seu comportamento e atividades, a fim de detectar sinais sugestivos de depressão ou pensamentos suicidas.
Em seguida, observamos uma lista de sintomas que podem ser preocupantes, especialmente se vários deles forem manifestados ao mesmo tempo:- Distúrbio do sono (dormindo muito ou muito pouco)- Perda de apetite e / ou peso- isolamento- Perda de interesse em atividades preferenciais- absenteísmo escolar- agressão física ou psicológica- abuso de álcool ou drogas- Falta de preocupação com aparência e higiene- Correndo riscos desnecessários- Interesse pela morte- Envie mensagens preocupantes pela internet- Notas ruins ou problemas escolares incomuns- Dificuldade em se concentrar- Pensamentos negativos sobre as próprias qualidades e realizaçõesPassos a seguir
Mais importante ainda, a atenção dos membros da família e de pessoal docente, que devem apoiar a criança e não ignorar ou desacreditar seus sentimentos e problemas, especialmente se você está passando por um período estressante ou mudanças profundas em sua vida. Um esforço deve ser feito para gradualmente eliminar pensamentos suicidas ou comportamentos destrutivos.
Os membros da equipe educacional (professores, médicos da escola) devem ser treinados para detectar e responder aos sinais de alerta. Os pais que suspeitam que seu filho tenha pensamentos suicidas podem, na maioria dos países, entrar em contato com linhas de ajuda e aconselhamento ou consultar sites. As próprias crianças podem usar esses serviços se não encontrarem ninguém próximo a eles para conversar sobre seus conflitos.
Se os sintomas revelarem uma situação grave, é importante que a criança seja aconselhada por um médico a determinar se ele sofre de problemas mentais ou comportamentais. Isso deve levar ao tratamento adequado: tratamento psicológico ou psiquiátrico, prescrição de medicamentos e, se necessário, hospitalização.

Padre Marcelo Rossi sobre depressão: “O demônio nos atinge na mente”

Um dos sacerdotes mais populares do país, o padre Marcelo Rossi veio a Brasília para lançar o livro Metanoia – Wi-Fé: Descubra a Senha que Vai Mudar a Sua Vida, obra na lista das publicações mais vendidas do Brasil, de acordo com a Publish News. Nesta terça (17/4), antes da sessão de autógrafos no Pátio Brasil, Rossi falou ao Metrópoles sobre as inspirações e a difícil jornada de conciliar a célebre agenda com as funções de pároco no Santuário Mãe de Deus, em Santo Amaro (SP).

Metanoia é o quarto livro da série espiritual assinada pelo padre. Juntos, os predecessores Ágape, Kairós e Philia ultrapassam 15 milhões de cópias comercializadas. “Metanoia é uma palavra que vem do grego e significa mudança total. Uma conversão de corpo, mente e espírito”, afirma Rossi.

Desta vez, o vigário aposta em termos jovens e contemporâneos para alcançar um número ainda maior de leitores. “A nossa fé é igual ao Wi-Fi: você não vê, mas ela está agindo”, diz. “Só que a internet é restrita, já Deus não. Ele é para todos. Para acessar a Wi-Fé, você só precisa da senha: Jesus”, completa.





Brasilienses receberam bênçãos do sacerdote

De acordo com o religioso, diferentemente de Philia, o título mais recente não fala da depressão, mas de alguns fatores que podem causá-la. “Eu vou na raiz da questão. Falo de ansiedade, de estresse…”, adianta. Ainda segundo o padre, o livro convida à transformação dos hábitos.


Às vezes, as pessoas se perguntam o porquê de Jesus não as ouvir. O ponto é que elas vivem nas leis do mundo e não nas espirituais. O demônio tenta nos atingir na mente"


Padre Marcelo Rossi




Em Metanoia, o sacerdote convida os fiéis a acessar a Wi-Fé. “A senha é Jesus.”

Diferentemente de outras personalidades religiosas, Marcelo Rossi faz questão de ressaltar que os ofícios sacerdotais são a base da sua vida cristã. “Antes de tudo, eu sou um padre. Estou aqui, mas já recebi ligações do Santuário. Desejo levar o amor de Jesus para o maior número de pessoas possível”, explica.

O pároco busca referências em outros nomes populares da Igreja Católica, como o papa João Paulo II e seus sucessores, Bento e Francisco. “Sempre fui influenciado por eles, pela vida e obra, e pela maneira como eles conduzem os desígnios de Deus”, conclui o padre, que também comparecerá ao Shopping JK, nesta quarta-feira (18/4), para sessão de autógrafos.

Suicídio infantil: um fenômeno complexo e difícil de explicar

Sendo um tabu com inúmeras causas, o suicídio infantil é um assunto delicado que muitas vezes é difícil de diagnosticar. Mal estudado internacionalmente, a incidência de suicídio infantil parece, no entanto, ter aumentado nos últimos anos. ">Definição
Uma criança ou adolescente suicida é um menor que planeja ou tenta acabar com sua vida.
O termo "suicídio infantil" designa o ato pelo qual uma criança causa sua própria morte voluntariamente. Na maioria dos casos, isso não significa simplesmente um desejo de morrer, mas aparece como último recurso para escapar de um grande sofrimento ou de uma situação para a qual a criança não encontra saída.
Uma tentativa de suicídio é definida como um ato - não bem-sucedido - através do qual a criança expressa o desejo de se machucar, colocando-se em perigo, com a intenção de provocar sua própria morte.Tentativas de suicídio nem sempre são tentativas malsucedidas. Muitos são considerados uma tentativa desesperada de chamar a atenção para os problemas ou sentimentos de abuso que a criança experimenta. ">Dados globais sobre suicídio infantil
O suicídio de crianças é um assunto tabu na maioria dos países. Embora entre adolescentes esteja sendo cada vez mais investigado, existem poucos estudos científicos sobre o suicídio de crianças menores (menores de 13 anos), e não há dados sobre a incidência desse fenômeno internacionalmente. No entanto, sabe-se que as razões que levam as crianças a cometer suicídio são muito diferentes daquelas que motivam os adultos.
O suicídio infantil é por vezes difícil de diagnosticar, uma vez que as crianças vivem mais dificuldades do que os adultos para expressar os seus conflitos ou a sua infelicidade. O suicídio dos filhos mais novos é, além disso, confundido com, ou pensado como um acidente: frequentemente atribuído a inclinar-se contra as janelas ou a atravessar a rua na hora errada, por exemplo. ">Além disso, a morte de crianças órfãs e / ou moradores da rua não costuma ser investigada ou registrada pelas autoridades de alguns países, o que dificulta a obtenção de estatísticas ou a realização de estudos.
De acordo com alguns dos poucos estudos que existem a este respeito - a maioria deles realizada em países industrializados - a maioria das crianças que cometem suicídio são geralmente meninos, enquanto a maioria das tentativas de suicídio são feitas por meninas.
Um estudo realizado nos Estados Unidos revela que o suicídio é a quarta causa de morte entre crianças de 10 a 14 anos, e o terceiro em crianças com mais de 15 anos. Foi relatado até mesmo o suicídio de uma criança de 7 anos. De acordo com dois estudos suíços realizados em 2004 em crianças entre 11 e 15 anos e entre 16 e 20 anos, aproximadamente 8% das meninas e 3% dos meninos admitiram ter feito uma tentativa de suicídio pelo menos uma vez em ">sua vida.
A maioria desses estudos observa uma tendência crescente de suicídio infantil e um aumento nos comportamentos de risco que antes eram atribuídos apenas aos adolescentes.Causas de suicídio em crianças e adolescentes
O final da infância e o início da adolescência costumam ser períodos difíceis que apresentam múltiplos desafios, como alterações hormonais, aumento das responsabilidades escolares ou profissionais, ou relações pessoais turbulentas, entre outras, que podem levar a pensamentos negativos.No entanto, falar sobre um único fator precipitante seria incorreto. Embora um evento significativo, como a perda de um ente querido, o divórcio dos pais, mudanças, agressões, etc., possa levar uma criança a cometer suicídio, estas são geralmente a palha que quebra as costas do camelo. É então preferível falar sobre causas múltiplas e circunstâncias agravantes.Fatores pessoais
Os fatores mais citados são psicológicos (depressão, ansiedade, personalidade anti-social ...) e comportamentais (agressividade, abuso de álcool ou drogas). ">Fatores familiares
O ambiente familiar também desempenha um papel importante se não proporcionar à criança uma atmosfera suficientemente segura durante todo o seu crescimento. O abandono, a negligência, o abuso ou a perda de parâmetros culturais (como no caso da realocação forçada) e a falta de projetos futuros podem promover tendências suicidas. Em geral, o isolamento social ou emocional é uma importante causa de suicídio.Outros fatores
Eles também devem ser considerados outros fatores que acontecem, por vezes, ou que são específicos para um determinado país, como cyber-dependência (vício em jogos de vídeo ou internet), o bullying na escola ou violência devido à orientação sexual ou pertença a uma minoria .
Por exemplo, no Japão, onde as autoridades não conseguiram controlar esse fenômeno, maus-tratos e bullying foram responsáveis ​​por 14 dos 40 suicídios que foram relatados entre 1999 e 2005. 
O caso das Minorias 

A taxa de suicídio entre jovens da comunidade indígena no Brasil e aborígine na Austrália, por exemplo, é quatro vezes maior do que a taxa nacional de suicídios nesses países devido à violência física e psicológica, bem como à discriminação social.Prevenção do suicídio infantilDetectar atitudes suicidasDetectar e compreender os sinais antes que as crianças realizem seus impulsos é importante quando se tomam as medidas necessárias para prevenir o suicídio. Os pais e outras pessoas próximas à criança devem prestar atenção ao seu comportamento e atividades, a fim de detectar sinais sugestivos de depressão ou pensamentos suicidas Abaixo, há uma lista de sintomas que podem ser motivo de preocupação, especialmente se vários eles se manifestam ao mesmo tempo: - Um distúrbio do sono (sono demais ou muito pouco) - Perda de apetite e / ou perda de peso-isolation- de interesse em atividades preferidas- absentismo escolar- Agressividade álcool abuso físico ou psicológico ou drogas - a falta de preocupação com a aparência e Hygiène- Correndo innecesarios- riscos Interesse morte- se preocupar envio de mensagens por marcas Bad Internet-ou problemas escolares inusuales- Dificuldade concentrarse- pensamentos negativos sobre si mesmos e as qualidades mais importantes a seguir logrosPasos é a atenção dos membros da família e da pessoa educação, que deve apoiar a criança e não negligenciar ou desacreditar seus sentimentos e problemas, especialmente se você está passando por um período estressante ou mudanças profundas em sua vida. Deve-se fazer um esforço para eliminar gradualmente os pensamentos suicidas ou comportamentos destrutivos Os membros da equipe educacional (professores, médicos da escola) devem ser treinados para detectar e responder aos sinais de alerta. Os pais que suspeitam que seu filho tenha pensamentos suicidas podem, na maioria dos países, entrar em contato com linhas de ajuda e aconselhamento ou consultar sites. Mesmo as crianças podem usar esses serviços, se você não encontrar alguém próximo a eles para falar sobre seus sintomas conflictos.Si revelam uma situação grave, é importante que a criança ser aconselhado por um médico para determinar se você tem problemas mentais ou comportamentais. Isso deve levar ao tratamento adequado: tratamento psicológico ou psiquiátrico, prescrição de medicamentos e, se necessário, hospitalização.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Paula Fernandes fala da depressão: “Avistei a janela e queria pular”

Em recente entrevista televisiva, Paula Fernandes relembrou da fase em que lutou contra a depressão, suas dificuldades financeiras no início da carreira e também comentou sua fama de antipática. Por volta dos 20 anos, a sertaneja foi diagnosticada com a doença e, segundo ela, o foco absoluto na carreira profissional foi um dos motivos. “Foi um conjunto de coisas: ter assumido responsabilidades muito cedo, ter me tornado arrimo de família… Eu não tinha uma Paula Fernandes ‘paralela’, era muito a artista, o produto. Com 18 anos, vi que faltava vida social”, a artista mineira explicou. Ela também acrescentou que sua condição financeira, “que era muito ruim”, afetou a situação. “Minha mãe usava uma calça jeans há 16 anos porque comprava roupas para a gente”, admitiu a cantora. “Avistei a janela e queria pular. Aí vi que o negócio estava feio. Emagreci 7 kg, cabelo caiu, foi ‘uó'”, admitiu.
Paula contou que sua mãe tomou a iniciativa de procurar tratamento profissional para a filha, mas ela demorou para aceitar. “Achava que era coisa de gente doida. Quando aceitei o tratamento e os remédios, comecei a melhorar. Fiquei três anos no processo. Comecei a sonhar de novo e as coisas foram acontecendo”, disse. Segundo a cantora, mesmo depois do tratamento, os problemas continuaram a surgir. “O empresário que você está que às vezes não administra a coisa de uma forma legal. Na época do ‘boom’ mesmo, em 2011, fiz 220 shows no ano. Foi a época que sofri mais com falta de uma boa administração da carreira”, explicou. Outro assunto abordado no programa foi a fama negativa que recebeu acerca de sua personalidade e como isso a afetou. “Diziam que eu era antipática, que não atendia as pessoas. Eu não entendia porque as pessoas tinham essa impressão de mim, eu não sou chata. Comecei a entender que era algo ao redor”, a mineira comentou. Ela não levava bem todos as críticas. “Ficava ‘pê da vida’ em casa, queria falar alguma coisa, mas quem vai me ouvir, quem vai saber que essa timidez não é antipatia? É simplesmente timidez”, justificou.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Segredos sobre ter depressão e ansiedade que ninguém conta

Muito se houve falar sobre os efeitos da depressão na vida de quem sofre com o problema e como é preciso ter cuidado para que essas pessoas se recuperem. O problema é que quase sempre depressão e ansiedade andam de mãos dadas e pouco se fala sobre esse segundo transtorno.
Para quem não sabe, a ansiedade não tem nada a ver com o que a gente imagina que seja, nem com aquele sentimento que bate antes de alguma coisa muito esperada acontecer.
A ansiedade é um distúrbio mental marcado por sentimentos de preocupação ou de medo que se tornam tão fortes que interferem diretamente na vida e na capacidade de raciocínio de quem sofre com ela.
E o problema é que quase metade das pessoas diagnosticadas com depressão são também vítimas do transtorno da ansiedade.
A lista abaixo, como você vai ver, tem por objetivo alertar as pessoas sobre as angústias que pessoas com depressão e ansiedade precisam conviver todos os dias. A intenção aqui é informar e mostrar que o que você (ou aquela pessoa que você conhece) está sentindo pode não ser preguiça  ou tristeza, simplesmente.

Confira 20 coisas sobre ter depressão e ansiedade que ninguém conta:

1. É surtar com a ideia de tirar qualquer nota baixa em uma prova, mas não ter energia para estudar.

2. É ter que ficar na cama porque você não consegue se mexer, mas se martirizar com o pensamento do que pode acontecer se você faltar na escola ou no trabalho.
3. É se sentir mais cansado(a) quanto menos você se mexe, mas seu coração acelerar ao pensar em dar o primeiro passo.
4. É ficar incomodado(a) com a bagunça se acumulando, mas encará-la e pensar: “arrumo amanhã”.
5. É fazer seis milhões de listas de tarefas para clarear seus pensamentos, mas saber que você nunca vai de fato fazer qualquer coisa escrita nelas.
6. É acreditar que todo plano cancelado acabará com suas amizades, mas não ter forças suficientes para comparecer em nenhum.
7. É se sentir desesperado(a) porque você ainda está solteiro(a), mas cancelar qualquer encontro porque só pensamento de ir em um te dá palpitações.
8. É ter medo todo dia que seu(ua) companheiro(a) vai ficar de saco cheio e ir embora, e sua ansiedade sussurrar em seu ouvido que eles merecem mesmo algo melhor e deveriam ir.
9. É ignorar mensagens e recusar convites. E ficar ainda pior quando as mensagens e os convites deixam de vir.
10. É o medo constante de acabar sozinho(a), mas acidentalmente se isolar porque você às vezes você precisa se esconder.
11. É não querer mais nada além de se arrastar para casa e dormir às 14h, mas sua pulsação rápida e e assustada te acordar às 2h.
12. É alternar entre se sentir paralisado(a) no presente e ter medo do futuro.
13. É não aproveitar os dias bons porque você fica dominado(a) pela ansiedade e pelo pensamento de que a próxima crise está logo ali.
14. É dormir demais ou não dormir nada.
15. É precisar de umas férias dos seus pensamentos, mas não conseguir sair do poço sozinho(a).
16. É precisar fazer tudo, mas não querer fazer nada.
17. É ter mecanismos de sobrevivência e fuga, pois, quando você não está tentando se esconder de uma parte de seu cérebro, você está se escondendo da outra.
18. É pensar se as coisas que estão fazendo seu coração afundar são o que sua mente ansiosa inventou.
19. É ficar sentado(a) acordado(a) às 3 da manhã se preocupando com um futuro que você nem tem certeza que quer ter.
20. É sentir coisas demais e não sentir nada ao mesmo tempo, e ter a sensação de que você nunca vai conseguir melhorar.
OBS: parece não, mas você pode melhorar e e sentir melhor! Procure ajuda psicológica o quanto antes e, caso esteja lidando com pensamentos suicidas ligue para o CVV pelo número 141. Sua vida é preciosa demais para ser perdida!


domingo, 15 de abril de 2018

depoimentos de pessoas que venceram a depressão:

Dor sem localização acompanhada de uma mistura de sensações que envolvem tristeza, irritação, culpa constante, falta de prazer e desesperança de um futuro melhor. Essa descrição é insuficiente para definir a depressão, doença que atinge mais de 300 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde, e já é considerada o "Mal do Século".

Para entender o que é depressão, só mesmo passando por uma. Felizmente, a condição tem cura por meio do tratamento adequado, que devolve não apenas a alegria ao paciente, mas também a vontade de viver e a capacidade de sonhar.
 
A seguir, entenda mais a partir de depoimentos de pessoas que venceram a depressão:
Alice

A primeira crise de depressão da jornalista Alice Albuquerque* ocorreu em 2010, em meio a um momento profissional conturbado. "Eu sabia que estava muito estressada e as pessoas ao meu redor percebiam, mas não identifiquei em momento algum que aquilo poderia ser depressão. Eu não me sentia triste, mas extremamente irritada", conta.A doença só veio à tona em uma consulta com uma ginecologista com quem Alice tinha muita afinidade. Após uma conversa bem humorada sobre assuntos variados, a paciente contou que se sentia estranha e logo começou a chorar.

Surpresa pela mudança repentina de humor, a ginecologista prescreveu antidepressivos e recomendou que Alice procurasse um psiquiatra e um psicólogo. Apesar de resistir quanto aos especialistas indicados, a jovem tomou o medicamento por seis meses e assim conseguiu vencer a crise de depressão.
Retorno da depressão

Em 2014, Alice estava no melhor momento de sua carreira quando a depressão voltou a dar as caras. Além da irritação exacerbada, que também se manifestou no primeiro episódio, a jornalista de então 36 anos também teve sintomas físicos, como uma dor muito forte no esterno, um dos ossos centrais do tórax.


"Em nenhum momento eu quis ficar só de cama. Pelo contrário, continuei trabalhando. Mas, às vezes, desejava que alguma coisa ruim acontecesse comigo para que eu não tivesse de trabalhar ou passear, como um acidente", desabafa.

Em um dia comum, e até mesmo tranquilo, no trabalho, Alice teve uma crise de pânico e logo relacionou todos os sinais com o retorno da depressão.

Não é possível afirmar se a falta de atendimento psiquiátrico e psicológico causou o segundo episódio depressivo, mas de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo da Silva, quem sofre uma crise e não a trata adequadamente tem 50% de chance de ter uma segunda.

"Eu fiquei com muita raiva de mim mesma por não conseguir impedir a doença. Sempre fui uma pessoa muito alegre e alto astral, não imaginava que pudesse ser diagnosticada com depressão", desabafa. Essa é justamente uma das características marcantes da doença: ela afeta a todos, independe de raça, personalidade, sexo, idade ou condições financeiras.

A jovem buscou o atendimento correto para a recidiva: o psiquiatra receitou antidepressivos e ansiolíticos e pediu uma licença do trabalho de 15 dias. Apesar de difícil, o recesso foi importante para que colocasse os pensamentos em ordem.
Compreendendo o transtorno

Na segunda crise, ela também recorreu à psicoterapia e aos tratamentos alternativos com massagens, acupuntura e constelação familiar - método psicoterápico que trabalha a energia inconsciente que influencia cada decisão tomada.

Durante a recuperação, teve de lidar com a falta de conhecimento dos familiares acerca da doença. "Me disseram muitas frases ruins, como 'Vai sair, vai ver gente!'. É a mesma coisa que falar para uma pessoa com taquicardia controlar o coração: impossível, já que a doença é causada por alterações nos níveis de neurotransmissores", lembra.
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Infelizmente, ainda há muitos estigmas sobre a depressão. "Tem gente que acha que é um ato de fraqueza, falta de Deus ou frescura. Apesar de ter melhorado muito, a desinformação ainda é grande", ressalta a psicóloga junguiana Janete Esposito, especializada em Psicossomática e Psicologia Hospitalar.

O primeiro passo para ajudar alguém com depressão é buscar informações a respeito da condição, a fim de se preparar para prestar apoio

Hoje, sem crises há três anos, Alice aconselha quem enfrenta a doença: "Peço que acredite, confie, busque tratamento e não feche os olhos para tratamentos alternativos, pois tudo é válido para voltar a se sentir bem".
Felipe

Felipe Moraes Aneas já enfrentou a doença duas vezes, ambas por desencadeantes traumáticos. "Na primeira, em 2010, havia terminado um relacionamento. Já o segundo 'nocaute' ocorreu em 2015, depois que meu avô e meu pai faleceram em um curto espaço de tempo, o que fez com que tudo perdesse o sentido", conta.

Apesar de ter cunho genético, as crises de depressão são despertadas por gatilhos, assim como ocorreu com Felipe. "Há inúmeros, como perda de entes queridos, término de namoro, demissão, estresse, chefes autoritários, excesso de expectativa dos pais, pressão nos estudo, etc", elenca a psicóloga Janete Esposito.

"Na segunda crise, que foi bem pior, perdi meus pilares pois tinha uma relação forte com meu pai e avô. Não conseguia trabalhar e nem me concentrar, então fazia as coisas no automático", conta o empresário, que já fazia psicoterapia na época.
"Estou curado da depressão, principalmente pela fé"

Foi quando um amigo de Felipe o aconselhou a ir a um psiquiatra, que receitou medicamentos que o ajudaram muito a controlar a ansiedade. Apesar disso, ele afirma que o que realmente o fez superar a depressão foi a fé.

"Estou curado da depressão, principalmente pela fé que encontrei na religião espírita. É nela que me apego nos momentos difíceis. Hoje, luto contra pensamentos negativos, tenho amor pela minha vida e muito orgulho da minha família. A vida é complicada, mas é bonita", ressalta.
 
Rafael

Rafael Silva* sempre foi muito proativo e animado, mas em 2014 passou a ficar sem vontade de sair ou fazer atividades que gostava. "Só deitava no sofá e evitava qualquer tipo de evento ou passeio que me tirasse de casa", relata.

Apesar da reação de Rafael, a doença pode se desenrolar de diversas maneiras. "Existe o mito de que a pessoa com depressão passa o dia todo na cama, fica mal-humorada e sem comer. Porém, a doença pode vir de outras formas, como em conjunto com ansiedade, o que torna o indivíduo muito ligado e ativo", afirma a psicóloga Janete Esposito.

Quando o desânimo atingiu um patamar gritante, Rafael buscou ajuda de psiquiatra e psicólogo. Ele demorou até se adaptar aos medicamentos prescritos: somente após três trocas de dosagem viu os benefícios do tratamento que devolveu sua qualidade de vida.
"Ninguém precisa sofrer"

Contudo, foi a terapia que teve papel essencial para mudar sua vida: "Fiquei dois anos em tratamento e tomei decisões importantes para resolver problemas que eu havia guardado a sete chaves", desabafa.

Ainda que existam diversas abordagens psicoterapêuticas - como psicanálise, cognitivo comportamental e gestalt - a terapia ajuda a lidar com os pensamentos e os traumas passados, promovendo mudanças no presente.

Apesar de doloroso, o rapaz reconhece que o processo foi essencial para que retomasse o controle de sua vida. "Hoje, digo que ninguém precisa sofrer. Se existe a possibilidade de tratamento, busque-o, seja com psicólogo ou psiquiatra", recomenda.
 
Manuela

Manuela descobriu a depressão em meados de 2012, depois de meses acreditando que a razão de seu sofrimento era apenas tristeza. "Na época, alguns problemas familiares impulsionados pela loucura do dia a dia levaram toda minha energia e meu ânimo", disse.

Aos 27 anos, ela fazia terapia, mas tinha receio em procurar um psiquiatra, apesar de sua psicóloga e de sua mãe insistirem que seria bom.

Assim como ela, muitas pessoas têm preconceito quanto ao uso de medicamentos psiquiátricos, que são rodeados de questões que envolvem, como qualquer outro tipo de remédio, vício e efeitos colaterais. Todavia, os benefícios superam os contras e o acompanhamento adequado pode reduzir os incômodos.
"Hoje, os sentimentos bons ganham dos ruins"

Após muita insistência, Manuela concordou em buscar ajuda. "Fui ao médico e um senhorzinho vestido de branco e com cabelo e barba da mesma cor me explicou que tomar remédio não precisava ser ruim, mas que deixaria minha vida mais leve. E assim foi", conta a jornalista.

Logo, fez uso dos medicamentos psiquiátricos, mas alguns efeitos adversos foram difíceis de lidar. "Eu me irritava quando as drogas me faziam dormir demais ou quando sentia que elas amorteciam quem eu realmente era. Fui ao extremo de parar de tomá-los por conta própria e o resultado, claro, não foi bonito", desabafa, se referindo à abstinência repentina que gera efeitos indesejados.

Depois da interrupção, Manuela retornou ao tratamento e só parou de tomar os antidepressivos de vez na hora certa. "Hoje, os sentimentos bons ganham dos ruins, e eu sei lidar com esses também."
 
 
O que fica depois da depressão?
 
 

A psicóloga Janete Esposito explica que a depressão é um momento em que, por meio da dor, acessamos frustrações, traumas e o próprio luto. "É uma oportunidade de ressignificar histórias não resolvidas e torná-las um aprendizado que permita o crescimento pessoal e que altere a forma de encarar a vida", esclarece.

Há três anos sem crises, Alice afirma que, além de ganhar empatia por pessoas com condições mentais, a depressão mudou sua maneira de pensar e agir: "Ficamos o tempo todo querendo provar que somos fortes, mas temos que assumir nossas limitações e desacelerar quando preciso".

Sintomas de depressão infantil e como tratar

Alguns sinais que podem indicar depressão durante a infância incluem falta de vontade para brincar, fazer xixi na cama, queixas frequentes de cansaço, dor de cabeça ou barriga e dificuldades no aprendizado.
Estes sintomas podem passar despercebidos ou ser confundidos com birras ou timidez, porém se esses sintomas permanecerem por mais de 2 semanas é aconselhado ir ao pediatra para fazer uma avaliação do estado da saúde psicológica e verificar a necessidade de iniciar tratamento.
Na maioria dos casos, o tratamento inclui sessões de psicoterapia e uso de remédios antidepressivos, porém o apoio dos pais e professores é fundamental para ajudar a criança a sair da depressão, já que esse transtorno pode dificultar o desenvolvimento da criança.
11 sinais de depressão infantil e como tratar

Sinais que podem indicar depressão

Os sintomas da depressão infantil variam com a idade da criança e o seu diagnostico nunca é fácil, sendo necessária uma avaliação detalhada por um pedopsiquiatra. No entanto, alguns sinais que podem alertar os pais incluem:
  1. Rosto triste, apresentando olhos sem brilho e não sorrindo e um corpo caído e frágil, como se estivesse sempre cansado e olhando o vazio;
  2. Falta de vontade para brincar nem sozinha nem com outras crianças;
  3. Muita sonolência, cansaço constante e sem energia para nada;
  4. Birras e irritabilidade sem razão aparente, parecendo uma criança pirraça, com mau humor e má postura;
  5. Choro fácil e exagerado, devido a sensibilidade exagerada;
  6. Falta de apetite que pode levar a perda de peso, porém em alguns casos também pode surgir enorme desejo por doces;
  7. Dificuldade para dormir e muitos pesadelos; 
  8. Medo e dificuldade em se separar da mãe ou do pai;
  9. Sentimento de inferioridade especialmente em relação aos amigos da creche ou escola;
  10. Fraco rendimento na escola, podendo ter notas vermelhas e falta de atenção;
  11. Incontinência urinária e fecal, depois de já ter adquirido a capacidade de não usar fralda.
Embora estes sinais de depressão sejam comuns nas crianças, eles podem ser mais específicos para cada idade da criança.

6 meses a 2 anos

Os principais sintomas de depressão na primeira infância, que ocorre até aos 2 anos, são recusa alimentar, pouco peso, estatura pequena e atraso da linguagem e distúrbios do sono.

2 a 6 anos

Na idade pré-escolar, que acontece entre os 2 e os 6 anos, as crianças na maioria dos casos apresentam birras constantes, muito cansaço, pouca vontade para brincar, falta de energia, fazer xixi na cama e eliminação de fezes involuntariamente.
Além disso, também podem ter muita dificuldade em separar-se da mãe ou do pai, evitando falar ou conviver com outras crianças e mantendo-se muito isolada. Também podem ocorrer crises intensas de choro e ter pesadelos e muita dificuldade em adormecer.

6 a 12 anos

Já na idade escolar, que ocorre entre os 6 e 12 anos, a depressão manifesta-se através dos mesmos sintomas anteriormente referidos, além de poder apresentar dificuldade para aprender, pouca concentração, notas vermelhas, isolamento, sensibilidade exagerada e irritabilidade, apatia, falta de paciência, dor de cabeça e de estômago e alterações no peso.
Além disso, é frequente sentimento de inferioridade, que é pior do que as outras crianças e diz constantemente frase do tipo "ninguém gosta de mim" ou “não sei fazer nada”.
Na adolescência, os sinais podem ser diferentes, por isso se seu filho tem mais de 12 anos, leia quais são os sintomas da depressão na adolescência.
11 sinais de depressão infantil e como tratar

Como diagnosticar a depressão infantil

O diagnóstico normalmente é feito através de testes realizados pelo médico e análise de desenhos, pois a criança na maioria dos casos não consegue referir que está triste e deprimida e, por isso, os pais devem estar muito atentos a todos os sintomas e dizer ao médico para facilitar o diagnóstico.
No entanto, o diagnóstico desta doença não é fácil, especialmente porque pode ser confundido com alterações da personalidade como timidez, irritabilidade, mau humor ou agressividade e, em alguns casos os pais podem até considerar os comportamentos normais para a idade.
Desta forma, se for identificada uma mudança significativa no comportamento da criança, como chorar constantemente, ficar muito irritada ou perder peso sem razão aparente, deve-se ir no pediatra para que seja avaliada a hipótese de estar passando por uma alteração psicológica.

Como é feito o tratamento

Para curar a depressão na infância é necessário ter acompanhamento do pediatra, psicólogo, psiquiatra, familiares e professores e o tratamento deve durar pelo menos 6 meses para evitar recaídas.
Normalmente, até os 9 anos o tratamento é feito apenas com sessões de psicoterapia com um psicólogo infantil. No entanto, depois dessa idade ou quando não se consegue curar a doença apenas com psicoterapia, é necessário a toma de antidepressivos, como fluoxetina, sertralina ou paroxetina, por exemplo. Além disso, o médico pode recomendar outros remédios como estabilizadores de humor, antipsicóticos ou estimulantes.
Normalmente, o uso do antidepressivos só começa fazendo efeito após 20 dias da toma e mesmo que a criança já não apresente sintomas deve manter o uso dos remédios para evitar uma depressão crônica.
Para ajudar na recuperação, os pais e professores devem colaborar no tratamento, estimulando a criança a brincar com outras crianças, fazer esportes, participar em atividades ao ar livre e elogiar a criança constantemente.

Como lidar com a criança deprimida

Conviver com uma criança com depressão não é fácil, porém os pais, familiares e professores devem ajudar a criança a ultrapassar a doença para que esta se sinta apoiada e que não está sozinha. Assim, deve-se:
  • Respeitar os sentimentos da criança, mostrando que os compreendem;
  • Incentivar a criança a desenvolver atividades que gosta sem causar pressão;
  • Elogiar a criança constantemente de todos os pequenos atos e não corrigir a criança perante outras crianças;
  • Dar muita atenção à criança, afirmando que a estão ali para a ajudar;
  • Levar a criança para brincar com outras crianças para aumentar a interação;
  • Não deixar a criança brincar sozinha, nem ficar no quarto sozinha vendo televisão ou jogando videojogos;
  • Incentivar a comer de 3 em 3 horas para se manter nutrida;
  • Manter o quarto confortável para ajudar a criança a adormecer e dormir bem.
Estas estratégias vão ajudar a criança a ganhar confiança, evitando o isolamento e melhorando a sua autoestima, contribuindo para que a criança consiga curar a depressão.

O que pode causar a depressão infantil

Na maioria dos casos a depressão na infância ocorre devido a situações traumáticas como discussões constantes entre familiares, divórcio dos pais, mudança de escola, falta de contato da criança com os pais ou sua morte.
Além disso, maus tratos, como violações ou convívio diário com pais alcoólicos ou dependes de drogas também pode contribuir para desenvolver depressão.

antidepressivos naturais

Os antidepressivos naturais não substituem o tratamento com remédios, entretanto, podem ser uma boa opção para complementar o tratamento e impulsionar a melhora dos sintomas, ou, também, podem ser usados nos casos de depressão leve, em conjunto com a psicoterapia.
Algumas opções são:
  • Ingerir alimentos ricos em vitamina B12, ômega 3 e triptofano, presentes em alguns alimentos como queijo, amendoim, banana, salmão, tomate e o espinafre, pois são convertidos em serotonina e outras substâncias importantes para o sistema nervoso. Confira a lista de alimentos ricos em triptofano;
  • Tomar banhos de sol, cerca de 15 a 30 minutos por dia, pois estimula o aumento de vitamina D e formação de serotonina;
  • Praticar exercícios físicos regularmente, pelo menos 3 vezes por semana, o que ajuda a regular o sono e liberar hormônios como serotonina e endorfina e melhorar o bem-estar. O exercício em grupo, como um esporte, pode ter ainda mais benefícios, devido a melhora da convivência social;
  • Consumir chá de hipericão, conhecido erva de são joão, pois é um fitoterápico que tem propriedades capazes de estimular o aumento de serotonina e noradrenalina no organismo. Confira as propriedades e o modo de uso do hipericão.
Adotar atitudes positivas no dia-a-dia, preferir atividades ao ar livre e procurar novas formas de se ocupar e ter contato com pessoas, como se inscrever em um curso ou praticar um novo hobbie, por exemplo, são importantes passos para conseguir o tratamento mais eficaz da depressão. Confira mais algumas das principais atitudes para sair da depressão mais rápido.

Como tomar antidepressivos

A dose inicial é baixa porque normalmente, o antidepressivo começa a fazer efeito após cerca de 15 dias, e pode levar de 6 até 8 semanas para se notar a sua total ação no corpo.
O horário ideal para tomar Amitriptilina, Trazodona e Mirtazapina deve ser à noite, enquanto outros como Sertralina, Fluoxetina e Venlafaxina, que podem tirar o sono, podem ser usadas pela manhã ou à tarde. Essa indicação geralmente é dada pelo médico.

Por quanto tempo usar 

O uso do antidepressivo não causa dependência e deve ser usado enquanto for necessário para que a pessoa seja tratada, sendo indicado:
  • Depressão leve: geralmente, é orientado o uso dos remédios por cerca de 1 ano;
  • Depressão moderada: geralmente é indicado por 2 anos;
  • Depressão grave: deve-se considerar usar o medicamento para a vida inteira. 
A melhor forma de parar de tomar um antidepressivo é ir diminuindo sua dose aos poucos, porque assim há menos risco de sintomas como enjôo, vômito, alterações do sono e irritabilidade. Essa redução da dose também deve ser indicada pelo médico.

Como escolher o antidepressivo ideal

Além dos efeitos colaterais e da forma de ação, o médico também considera o estado de saúde, a idade e o uso de outros medicamentos. Algumas doenças que devem ser relatadas ao médico, que influenciam na escolha destes medicamentos são:
  • Para não engordar: as pessoas obesas devem evitar antidepressivos que aumentam o peso ou apetite, como Amitriptilina ou Mirtazapina, e preferir outros que diminuem o apetite, como Fluoxetina;
  • Para parar de fumar: pode ser vantajoso o uso de Bupropiona, pois ajuda a diminuir o vício;
  • Para quem tem insônia: situação em que é recomendada o uso de remédios que melhoram o sono, como Amitriptilina, Nortriptilina, Mirtazapina ou Trazodona, por exemplo;
  • Para que tem doenças cardíacas: nestes casos, deve-se evitar os antidepressivos tricíclicos, como Imipramina, Clomipramina, Amitriptilina, que podem interferir nos batimentos cardíacos;
  • Para melhorar a vida sexual: é recomendado evitar a classe dos ISRS, como Paroxetina, devendo-se preferir outros como Trazodona, Mirtazapina ou Bupropiona;
  • Para quem tem epilepsia: nesta doença, é orientado evitar alguns tipos de antidepressivos, como Bupropiona e Clomipramina, por exemplo, e sempre conversar com o neurologista.
Mas além dos remédios, a psicoterapia também é muito importante, para tornar o tratamento com remédios ainda mais eficaz, além de ser a principal opção para casos de depressão leve.

Antidepressivo engorda ?

A melhor forma de evitar engordar é tomar um antidepressivo como a Fluoxetina, ao invés de remédios como Amitriptilina e Mirtazapina, que aumentam o apetite. Mas além disso, é preciso encontrar motivação para se manter ativo, praticando exercício físico diariamente, ou pelo menos, 3 vezes por semana para queimar a gordura acumulada ou a gordura ingerida na alimentação.
Também é importante consumir alimentos pouco calóricos e evitar os ricos em açúcar e gordura, encontrando outra fonte de prazer que não envolva a comida. 
Praticar um exercício que a pessoa goste é uma ótima forma de se manter motivado para continuar praticando esportes, porque eles promovem a liberação de substâncias que dão prazer.

antidepressivos mais usados

Os antidepressivos, como Fluoxetina, Sertralina, Paroxetina e Amitriptilina, são exemplos de remédios para tratar a depressão, que atuam sobre a serotonina, noradrenalina e dopamina, reequilibrando o humor da pessoa.
Estes remédios estão indicados para depressão moderada ou grave, onde existem sintomas como tristeza, angústia, alterações do sono, do apetite, cansaço e sensação de culpa, que atrapalham o bem-estar pessoa.

Nomes dos Antidepressivos mais usados

Todos os antidepressivos agem diretamente sobre o sistema nervoso, aumentando a quantidade de importantes neurotransmissores que melhoram o humor. Entretanto, estes medicamentos não são todos iguais, e para entender como funcionam no organismo e que efeitos eles podem causar, é importante separá-los em classes, de acordo com o seu mecanismo de ação:
Classe do antidepressivoAlguns nomes genéricosEfeitos colaterais
Antidepressivos tricíclicosImipramina, Clomipramina, Amitriptilina ou NortriptilinaBoca seca, retenção urinária, prisão de ventre, delírios, sonolência, pressão baixa, tonturas ao levantar, ganho de peso.
Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS)Fluoxetina, Paroxetina, Citalopram, Escitalopram, Sertralina ou TrazodonaEnjoos, boca seca, sonolência, produção excessiva de suor, tremores, inquietação, prisão de ventre, dor de cabeça e problemas de ejaculação, redução da libido, emagrecer.
Inibidores da recaptação ou aumento da atividade da serotonina e da noradrenalinaVenlafaxina, Desvenlafaxina, Duloxetina ou MirtazapinaBoca seca, insônia, nervosismo, tremores, sonolência, enjoos, vômitos, problemas de ejaculação, redução da libido excesso de suor e visão turva, perda ou ganho de peso.
Inibidores da Monoaminoxidase (IMAO)Selegilina, Pargilina, Fenelzina ou ToloxatonaAumento da pressão, hipotensão postural, ganho de peso, insônia.
Outros tiposBupropiona, Trazodona, Nefazodona ou AmoxapinaSonolência, tremor, irritabilidade, boca seca, prisão de ventre.
É importante lembrar que os efeitos colaterais nem sempre acontecem, e podem variar de acordo com a dose e com organismo de cada pessoa.
Os antidepressivos só devem ser usados com orientação do clínico geral, neurologista ou psiquiatra, porque eles podem causar efeitos colaterais, como tontura, diminuição da libido, perda do apetite ou ganho de peso, que variam de acordo com o tipo e a dose do medicamento.

Qual a diferença entre a tristeza e a depressão

Estar triste é diferente de estar com depressão, já que a tristeza é um sentimento normal de qualquer pessoa, sendo um estado desconfortável gerado por situações como um desapontamento, lembranças desagradáveis ou o término de um relacionamento, por exemplo, que é passageiro e não precisa de tratamento.
Já a depressão é uma doença que afeta o humor, gerando tristeza profunda, persistente e desproporcional, que ultrapassa 2 semanas, e que não tem um motivo justificável para acontecer. Além disso, a depressão pode vir acompanhada de sintomas físicos adicionais, como diminuição da atenção, perda de peso e dificuldade em dormir, por exemplo.
Estas diferenças podem ser sutis, e até, difíceis de perceber, portanto caso a tristeza persista por mais de 14 dias, é importante passar por uma avaliação médica, que poderá definir se há depressão e orientar um tratamento, que inclui o uso de antidepressivos e a realização de sessões de psicoterapia.

Como saber se é tristeza ou depressão

Apesar de compartilharem muitos sintomas semelhantes, a depressão e a tristeza apresentam alguma diferenças, que devem ser observadas para uma melhor identificação:
TristezaDepressão
Tem um motivo justificável, e a pessoa sabe por que está triste, podendo ser um desapontamento ou um fracasso pessoal, por exemplo;Não tem uma causa que justifique os sintomas, sendo comum a pessoa não saber o motivo da tristeza e achar que tudo está sempre ruim. A tristeza é desproporcional aos acontecimentos;
É temporária, e diminui à medida que o tempo passa ou a causa da tristeza se afasta;É persistente, dura a maior parte do dia e todos os dias por, pelo menos, 14 dias;
Há sintomas de vontade de chorar, sentimento de impotência, desmotivação e angústia.Além dos sintomas de tristeza, há perda do interesse por atividades agradáveis, energia diminuída, além de outros, como pensamento suicida, baixa auto-estima e sensação de culpa.
Além disto, é importante diferenciar a depressão de um caso de luto, após perda de algo ou alguém querido, pois é uma situação que pode apresentar tristeza profunda que persiste por vários meses ou até 1 ano, mas que, tem uma justificativa, tem sentimentos oscilatórios e que pioram com a lembrança da perda.
Apesar do luto ser uma resposta de adaptação à perda, a pessoa pode não conseguir se recuperar, sendo muito comum que o luto vire persistente e se torne uma depressão.

Como confirmar a depressão

Para diagnosticar um episódio de depressão, a pessoa deve ter pelo menos 2 dos seguintes sintomas:
  1. Humor deprimido que seja anormal para aquela pessoa, mantido por pelo menos 2 semanas, presente durante a maior parte do dia, quase todos os dias, e que não é influenciado pelas circunstâncias;
  2. Perda de interesse ou prazer por atividades que normalmente são agradáveis;
  3. Sensação de fadiga e energia diminuída.
Outros sintomas secundários muito comuns na depressão incluem:
  • Perda da confiança ou auto-estima;
  • Sentimentos de culpa excessiva ou auto-reprovação;
  • Problemas de sono, principalmente insônia, em que a pessoa acorda no meio da noite e não volta a adormecer, ou sonolência excessiva;
  • Pensamento recorrente de morte ou suicídio ou qualquer comportamento suicida;
  • Diminuição da concentração ou capacidade de pensar, havendo indecisão;
  • Excesso de agitação ou lentificação na realização das atividades; 
  • Alteração do apetite, com diminuição ou aumento), com correspondente alteração do peso;
  • Perda do desejo sexual;
  • Depressão pior pela manhã;
  • Perda de peso (5% ou mais do peso corporal no último mês);
  • Irritabilidade e ansiedade excessivas.
O diagnóstico de depressão tem de ser feito por um médico, de preferência psiquiatra, que pode classificar a depressão de acordo com a sua gravidade, que varia com a quantidade de sintomas presentes.

Terapias de Estímulo Cerebral

Se os medicamentos não reduzem os sintomas de depressão, a terapia eletroconvulsiva (ECT) pode ser uma opção a ser explorada. Com base nas últimas pesquisas:

ECT pode fornecer alívio para pessoas com depressão grave que não foram capazes de se sentir melhor com outros tratamentos.
  • A terapia eletroconvulsiva pode ser um tratamento eficaz para a depressão. Em alguns casos graves, onde uma resposta rápida é necessária ou medicamentos não podem ser usados ​​com segurança, ECT pode até ser uma intervenção de primeira linha.
  • Uma vez estritamente um procedimento de internação, hoje ECT é muitas vezes realizada em regime ambulatorial. O tratamento consiste em uma série de sessões, tipicamente três vezes por semana, durante duas a quatro semanas.
  • A ECT pode causar alguns efeitos colaterais, incluindo confusão, desorientação e perda de memória. Normalmente, esses efeitos colaterais são de curto prazo. No entando, às vezes problemas de memória podem demorar, especialmente para os meses em torno do tempo do curso de tratamento.

Avanços médicos

  • Os avanços nos dispositivos e métodos tornaram a ECT moderna, segura e eficaz para a grande maioria dos pacientes. Fale com o seu médico. Certifique-se de compreender os potenciais benefícios e riscos do tratamento antes de dar o seu consentimento para este tratamento.
  • Não é doloroso, e você não pode sentir os impulsos elétricos. Antes do ECT começar, um paciente é colocado sob breve anestesia e dado um relaxante muscular. Dentro de uma hora após a sessão de tratamento, que leva apenas alguns minutos, o paciente está acordado e alerta.
Se você acha que pode ter depressão, marque uma consulta com um psicólogo ou psiquiatra.

Além do tratamento: coisas que você pode fazer

Aqui estão outras dicas que podem ajudar você ou um ente querido durante o tratamento para a depressão:
  • Tente ser ativo e praticar exercício físico.
  • Definir metas realistas para si mesmo.
  • Tente passar tempo com outras pessoas e converse em um amigo ou parente de confiança.
  • Tente não se isolar e deixe que os outros o ajudem.
  • Espere o seu humor melhorar gradualmente, não imediatamente.
  • Adiar decisões importantes, como se casar ou se divorciar, ou mudar de emprego até que você se sinta melhor.
  • Discuta as decisões com outras pessoas que o conhecem bem e têm uma visão mais objetiva da sua situação.
  • Continue a educar-se sobre a depressão.

Remédios e medicamentos para depressão

Os antidepressivos são medicamentos que tratam a depressão. Eles podem ajudar a melhorar a maneira como seu cérebro usa certos produtos químicos que controlam o humor ou o estresse. Talvez seja necessário testar alguns medicamentos antidepressivos diferentes antes de encontrar o que melhor se adapta ao seu organismo, melhora os sintomas e tem efeitos colaterais gerenciáveis. Um medicamento que ajudou você ou um membro próximo da família no passado será muitas vezes considerado.

Os antidepressivos levam tempo – geralmente 2 a 4 semanas – para começar a ter efeito. Em geral sintomas como sono, apetite e problemas de concentração melhoram primeiro do que o humor deprimido. Por isso é importante dar uma chance e tempo para a medicação, antes de chegar a uma conclusão sobre a sua eficácia. Se você começar a tomar antidepressivos, não pare de tomá-los sem a ajuda de um médico. Às vezes, as pessoas que tomam antidepressivos se sentem melhor e, em seguida, param de tomar a medicação por conta própria. Nesse momento a depressão retorna. Quando você e seu psiquiatra decidirem que é hora de parar a medicação, geralmente após um período de 6 a 12 meses, o médico irá ajudá-lo lenta e seguramente a diminuir sua dose. Pará-los abruptamente pode causar sintomas de abstinência.

Por favor, tenha atenção

Em alguns casos, crianças, adolescentes e adultos jovens com menos de 25 anos podem experimentar um aumento nos pensamentos suicidas ao tomar antidepressivos, especialmente nas primeiras semanas após o início ou quando a dose é alterada. Este aviso também diz que pacientes de todas as idades tomando antidepressivos devem ser observados de perto, especialmente durante as primeiras semanas de tratamento.

Se você está considerando tomar um antidepressivo e você está grávida, planejando engravidar ou amamentar, converse com seu médico sobre qualquer risco aumentado de saúde para você ou seu filho.

Tratamentos e terapia

A depressão, mesmo nos casos mais graves, pode ser tratada. Quanto mais cedo o tratamento começar, mais eficaz ele é. A depressão é geralmente tratada com medicamentos, psicoterapia ou uma combinação dos dois. Se esses tratamentos não reduzem os sintomas, a terapia eletroconvulsiva (ECT) e outras terapias de estimulação cerebral podem ser opções para explorar.
Dica rápida: Não há duas pessoas afetadas da mesma forma por depressão e não há uma “receita de bolo” para o tratamento. Pode ser preciso algum teste e erro para encontrar o tratamento que funciona melhor para você. É muito importante que você saiba como escolher um bom psicólogo e agende uma consulta.

Fatores de risco da depressão

A depressão é um dos transtornos mentais mais comuns do mundo e afeta pelo menos 10% da população brasileira, segundo a OMS.  Pesquisas sugerem que a depressão é causada por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos.

Depressão pode acontecer em qualquer idade, mas muitas vezes começa na idade adulta. A depressão é agora reconhecida como ocorrendo em crianças e adolescentes, embora às vezes apresentam mais irritabilidade proeminente do que humor baixo. Muitos transtornos crônicos de humor e ansiedade em adultos começam como níveis elevados de ansiedade em crianças.
A adolescência, em especial, é uma fase de mudanças importantes. A baixa autoestima, os conflitos familiares, o fracasso escolar, as perdas afetivas são sintomas que, associados às condições de estresse emocional, podem colocar os jovens em grupo de risco para o suicídio. Por isso, é muito importante que os pais fiquem atentos.

Sinais e sintomas de depressão

Se você tem experimentado alguns dos seguintes sinais e sintomas a maior parte do dia, quase todos os dias, durante pelo menos duas semanas, você pode estar sofrendo de depressão:

  • Humor triste, ansioso ou “vazio” persistente
  • Sentimentos de desesperança ou pessimismo
  • Irritabilidade
  • Sentimentos de culpa, inutilidade ou desamparo
  • Perda de interesse ou prazer pela vida, hobbies e atividades
  • Diminuição da energia ou fadiga
  • Mover ou falar mais devagar
  • Sentir-se inquieto ou ter problemas para ficar sentado
  • Dificuldade de concentração, lembrança ou tomada de decisões
  • Dificuldade para dormir, despertar de manhã cedo ou dormir demais
  • Apetite e / ou alterações de peso
  • Pensamentos de morte ou suicídio, ou tentativas de suicídio
  • Dores, dores de cabeça, cólicas ou problemas digestivos sem uma causa física clara e / ou que não se aliviam mesmo com o tratamento

Sintomas de Depressão que você precisa conhecer

Depressão (transtorno depressivo maior ou depressão clínica) é um transtorno de humor comum, porém grave. Os sintomas de depressão afetam a maneira como você se sente, pensa e lida com atividades diárias, como dormir, comer ou trabalhar.
Os sintomas de depressão devem estar presentes por pelo menos duas semanas para que um indivíduo seja diagnosticado com depressão.

Algumas formas de depressão são ligeiramente diferentes, ou podem se desenvolver sob circunstâncias únicas, tais como:

Transtorno depressivo persistente

Também chamado distimia é um humor deprimido que dura pelo menos dois anos. Uma pessoa diagnosticada com transtorno depressivo persistente pode ter episódios de depressão maior, juntamente com períodos de sintomas menos graves, mas os sintomas devem durar dois anos para ser considerado transtorno depressivo persistente.

Depressão perinatal ou pós-parto

É muito mais grave do que o “baby blues” (sintomas relativamente baixos de depressão e ansiedade que normalmente desaparecem dentro de duas semanas após o parto). Cerca de 80% das mulheres experimentam a “baby blues” após a gestação. As mulheres com depressão pós-parto experimentam grande depressão durante a gravidez ou após o parto (depressão pós-parto). Os sentimentos de extrema tristeza, ansiedade e exaustão que acompanham a depressão perinatal podem dificultar que essas novas mães completem atividades de cuidados diários para si e / ou para seus bebês.

Depressão psicótica

Ocorre quando uma pessoa sofre de depressão grave, além de alguma forma de psicose, como ter falsas crenças fixas perturbadoras (delírios), ouvir ou ver coisas que outras pessoas não conseguem ouvir ou ver (alucinações).  Trata-se de uma categoria atípica de depressão maior, onde as pessoas demonstram sintomas psicóticos e comportamento depressivo geral ao mesmo tempo. Os sintomas psicóticos normalmente têm um “tema” depressivo, como delírios de culpa, pobreza ou doença.

Transtorno afetivo sazonal

É caracterizado pelo início de um quadro de tristeza prolongada durante os meses de inverno, quando há menos luz solar natural. A depressão de inverno, como costuma ser conhecida, é uma forma de depressão que, como o próprio nome diz, ocorre principalmente durante o outono e o inverno, onde a falta de luz solar pode tornar as pessoas mais vulneráveis a flutuações normais de humor. Normalmente é acompanhada do aumento do sono e ganho de peso.

Transtorno afetivo bipolar

É diferente da depressão, mas é incluído nesta lista porque alguém com transtorno bipolar  vivencia episódios de humores extremamente baixos que atendem aos critérios de depressão maior (chamado “depressão bipolar”). Uma pessoa com transtorno bipolar também experimenta estados altamente elevados – eufóricos ou irritáveis ​​- chamados de “mania” ou uma forma menos grave chamada “hipomania”.
Exemplos de outros tipos de distúrbios depressivos recentemente adicionados à classificação diagnóstica do DSM-5 incluem distúrbios disruptivos de humor (diagnosticados em crianças e adolescentes) e distúrbio disfórico pré-menstrual.

Depressão pós-parto: o que é?

O nascimento de um bebê pode desencadear uma mistura de emoções poderosas, da excitação e da alegria ao medo e à ansiedade. Mas também pode resultar em algo que as mulheres poderiam não esperar: a depressão.

Muitas novas mães experimentam o baby blues, também chamada de tristeza materna, após o parto. Baby blues geralmente incluiu mudanças de humor, episódios de choro, ansiedade e dificuldade em dormir. O baby blues ou tristeza materna normalmente começa nos primeiros dois a três dias após o nascimento do bebê e pode durar até duas semanas.

No entanto, algumas mães podem experimentar uma forma mais severa e duradoura de depressão conhecida como depressão pós-parto. Raramente, um distúrbio de humor extremo chamado psicose pós-parto também pode se desenvolver após o parto.

A depressão pós-parto não é “frescura” ou fraqueza. Mulheres que desenvolvem depressão pós-parto possuem maior risco de desenvolver depressão em um outro momento da vida. Se não for tratada, a depressão pode durar vários meses. Se você tem depressão pós-parto, o tratamento imediato pode ajudá-la a gerenciar seus sintomas – e aproveitar seu bebê.

segunda-feira, 26 de março de 2018

Em igreja, Kaká conta detalhes de como superou a depressão

 O ex-jogador Kaká foi o convidado especial do evento Janeirão, da Igreja Batista do Povo, no bairro de Vila Mariana, em São Paulo, na noite da última segunda-feira (29). Ele contou para o público presente sobre sua história como cristão e também como jogador de futebol. Em um relato de quase uma hora e meia, o craque revelou como superou uma depressão.

– Quando troquei o Real Madrid pelo Milan, em 2013, me machuquei logo na primeira partida. Cheguei a ligar para o presidente e dizer que iria encerrar a carreira. Fiquei muito triste em ver que nada estava dando certo dentro de campo. Comecei a questionar Deus por isso. Foi aí que descobri que estava com depressão. Tinha dúvidas sobre minha identidade. Não sabia mais quem eu era. É uma situação bem delicada. Antes achava que era uma frescura. Não tinha animo e acordava chorando. Só comecei a melhorar quando me abri para profissionais e para a família, além de tomar remédios. Com todo tratamento, voltei a ter identidade. Não era o melhor ou pior jogador do mundo, e sim filho de Deus – afirmou Kaká.

Ainda durante o discurso, o ex-jogador alertou sobre os riscos que as relações virtuais podem agravar ainda mais a doença.

– As redes sociais podem ser muito perigosas. Nelas, as pessoas podem dizer qualquer coisa e você não é o que as elas dizem. Não é verdade. Você precisa buscar a sua identidade. Se está passando por essa situação de depressão, procure os profissionais ou um líder espiritual. É muito importante falar com pessoas mais experientes sobre seu problema – disse.

Kaká agradeceu a mãe e a avó, que o fizeram ser cristão. Ele foi batizado aos 12 anos, quando também iniciou a carreira nas divisões de base do São Paulo. O ex-jogador contou também qual foi a sua grande experiência com Deus na juventude.

– Em outubro de 2000, estava nos juniores do São Paulo. Por estar suspenso de uma partida, fui para a casa dos meus avôs paternos. Brincando em um tobogã, acabei batendo a cabeça no fundo da piscina. Mesmo lúcido, fui levado para o hospital e os médicos não detectaram nada na hora. Dias depois, quando me apresentei ao clube, falei com o técnico que estava com dores na cabeça. Fiz vários exames e o médico me disse que era um milagre eu estar andando, pois tinha fraturado a sexta vértebra do pescoço. Mas graças a Deus, pude me recuperar e voltar a jogar normalmente – relatou.


Depoimento de alguém que superou a depressão

Sim, é horrível este sentimento!
Você sente um vazio tão grande por dentro, que parece um abismo dentro da alma.
Eu não sabia como lidar com isso, só sabia que precisava desesperadamente de ajuda; o problema maior era contar para as pessoas que convivem comigo o que se passava,então cometi o meu pior erro, eu não contei a ninguém. Mas tinha um alguém especial que sabia de tudo e que nunca desistiu de mim,Jesus! Por anos vivi a sombra de um passado triste e solitário, e pensei muita bobagem a meu respeito, a respeito da vida,pessoas,mas a maior bobagem de todas foi achar que Deus havia esquecido de mim...sim, a gente teima em perguntar-se: Por que Deus permite o meu sofrimento? Pra quê eu existo?etc. 
A verdade é que esta é a maneira que encontramos para fugir da verdadeira razão de todo sofrimento, pois existem diversos motivos para o surgimento da Depressão, o mais comum é a negação a si próprio( não gostar de nada que você faz) e a distância espiritual para com Deus. Claro, os dois estão intimamente ligados...e quando pensamos, Senhor por que me abandonastes? Lembramos que Jesus proferiu estas palavras pouco antes de morrer, mas não por que ele realmente acreditava nisso, mas sim por um momento em que estava atormentado pela dor física, e o desespero também é caracterísitica do ser humano. E no final descobri, que não foi Deus que me abandonou e sim, fui eu que o abandonei. Mas por ele nunca ter desistido de mim, é que estou aqui a contar esta história, pois tentações temos muitas quando estamos vulneráveis fisíca e espiritualmente. Mas eu soube suportar as provações que surgiram. Acredite, não é tão impossível assim que não valha a pena lutar, a vida é um presente(dádiva) tão lindo que basta olharmos a volta, as maravilhas são inúmeras...queres saber o que me salvou do fundo do poço, desta areia movediça que me sufocava?
A Fé! Mais não falo somente da fé em Deus, mas também a fé em mim mesma, acreditar em si e ver que você é muito mais capaz do que imagina. Pois hoje quando acordo, penso que tenho duas escolhas: Ser devorada pelos problemas,dificuldades,tristezas e medos e afogar-me dentro de mim OU Acordar com uma vontade toda minha ,toda especial de ser feliz; de ser uma pessoa que valoriza cada conquista, cada pessoa que passa em sua vida, cada momento com a família, que é infinitamente grata por tudo que possui: casa, trabalho,família,comida,amigos,etc. Acredite, quando você ver a vida com o olhar que realmente deveria ser visto, então você encontrará uma Paz imensa que residirá dentro de você, e todo sofrimento se dissipará como poeira ,porque finalmente você perceberá que venceu a maior batalha de todas: Venceu a si próprio!! E eu tenho certeza que és um(a) vencedor(a), pois todos nós somos desde que vimos ao mundo....Trago este testemunho para quem sabe poder ajudar alguém,mas saibás que para que possa sair dessa fase ruim você precisa passar por 3 caminhos: 
1º Admitir que precisa de ajuda, contar as pessoas que te amam (família,amigos) e deixar-se também ser ajudado(a) por eles ,mas principalmente ajude a você mesmo, seja forte;
2º Procurar ajuda médico-psicológica (e isso não é vergonhoso,nem leve para o lado da loucura; os remédios vão aliviar vários sintomas dolorosos), afinal, depressão é uma questão física também; 
3º Procurar ajuda espiritual, pois Deus te aceita do jeito que és, e estará sempre de braços abertos, lembre-se do que Jesus falou: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Confie em Deus, confie na sua fé e confie em você.
Se eu que não tive tanto apoio enquanto estive doente consegui SUPERAR e hoje estou bem, o que dirá de você que vai ser ajudado, querido e, é motivo de importância para tantos a sua volta, pense nisso! Se eu consegui você também consegue!!!

Relatos e testemunhos de quem superou a depressão

“Não é possível que ele esteja deprimido. Estava todo sorridente ontem à noite.”
“Mas você não parece estar deprimido(a)...”
“Ela é jovem e bonita. Por que teria depressão?”
“Ele tem tudo na vida: um bom emprego, uma família feliz, estabilidade financeira. Não faz sentido ter depressão.”

Existe algum tipo de “cara” para a depressão? Cara de desânimo? De derrota? De quem caiu do caminhão de mudança? Cara do Gato de Botas chantageando o Shrek?
Não é difícil ouvirmos alguém dizer “nossa, mas nem parece que você tem depressão”, como se apenas emoções como tristeza, apatia ou desânimo dessem conta de representar um estado depressivo. Como se expressar alegria fosse um atestado de saúde mental garantida.

É também comum o julgamento sobre quem está sujeito ou não a uma depressão: Aquele(a) que enxergamos como bem-sucedido(a) está “imune” ou “não tem o direito” de ficar deprimido(a). Será que temos real acesso aos medos e angústias do outro? E se esse outro for alguém importante para nós, e estamos perdendo a oportunidade de ajudá-lo a enfrentar uma dificuldade?

Depressão é coisa séria e demanda respeito ao tempo e à singularidade de cada pessoa. Utilizar a palavra sem a delicadeza e a seriedade que ela merece só contribui para banalizarmos o debate urgente que precisamos fazer sobre saúde mental. O estigma e o tabu continuam sempre que não abordamos essas questões com a profundidade que merecem.

O autodiagnóstico ou o diagnóstico superficial de uma depressão também são perigosos, principalmente diante de uma realidade de consultas rápidas e antidepressivos sendo prescritos com uma grande facilidade. Estar triste não é sinônimo de estar deprimido, e a ajuda de um profissional especializado – como psicanalistas, psicólogos e psiquiatras – pode dar novos destinos para uma depressão que paralisa a vida.
As maneiras para se lidar com ela são variadas e devem estar alinhadas com o perfil de cada pessoa. Há quem prefira a análise, e há quem prefira a meditação, por exemplo. O importante é ter em vista que o cuidado com a saúde mental deve ser de longo prazo, e não uma solução rápida que resolva situações pontuais.
Na semana passada, a organização americana Blurt, voltada para a conscientização sobre depressão, fez uma campanha com a hashtag #WhatYouDontSee (#Oquevocênãovê). O objetivo era as pessoas compartilharem depoimentos sobre aquilo que não é visto em uma pessoa deprimida.
“A depressão pode afetar qualquer pessoa, em qualquer momento da vida, independente da idade, do gênero e das circunstâncias pessoais. É uma doença invisível: vendo de fora, você não consegue dizer quem está sofrendo”, alerta a Blurt.

Qual o tratamento para a depressão?

As formas mais comuns de tratamento são os medicamentos antidepressivos. Os especialistas parecem concordar que a depressão deve ser tratada quando há interferência prolongada na atividade social e no trabalho. A maioria também acredita que o tratamento deve ser considerado quando o sofrimento pessoal for intenso, mesmo se o paciente estiver, pelo menos aparentemente, vivendo plenamente suas atividades.

O que causa a depressão?

A depressão tem muitas causas. Na realidade, é quase sempre causada por uma combinação de fatores. Não existe uma explicação definitiva sobre o motivo de uma pessoa poder vir a sofrer de depressão e outra não. Para cada pessoa há um padrão complexo e individual de fatores que trabalham juntos e que permitem ou evitam que o indivíduo desenvolva a depressão em um determinado momento da vida. 

Algumas vezes é possível identificar o fator desencadeante da depressão. Mas há ocasiões em que a depressão se manifesta sem razão aparente, mesmo para as pessoas cuja vida parece estar indo muito bem. 

Algumas razões para que isso ocorra são: 

Eventos externos da solidão que resulta de dificuldade de relacionamento, aposentadoria, problemas financeiros e legais podem desencadear depressão. A tristeza por causa da morte de um ente querido pode ou não evoluir para depressão. 

Pesquisas têm demonstrado que as características individuais são importantes. É mais provável que se desenvolva depressão se o pai ou a mãe também viveu essa condição. Entretanto, nem todos os que têm história de depressão na família desenvolverão esse transtorno mental. 

Fatores fisiológicos e bioquímicos da depressão parecem ocorrer em conseqüência de um desequilíbrio das substâncias químicas do cérebro, os neurotransmissores. 

Outras condições médicas podem causar sintomas que são muito similares aos da depressão, como os acidentes vasculares cerebrais, as doenças endocrinológicas e alguns medicamentos, por exemplo.