segunda-feira, 26 de março de 2018

Em igreja, Kaká conta detalhes de como superou a depressão

 O ex-jogador Kaká foi o convidado especial do evento Janeirão, da Igreja Batista do Povo, no bairro de Vila Mariana, em São Paulo, na noite da última segunda-feira (29). Ele contou para o público presente sobre sua história como cristão e também como jogador de futebol. Em um relato de quase uma hora e meia, o craque revelou como superou uma depressão.

– Quando troquei o Real Madrid pelo Milan, em 2013, me machuquei logo na primeira partida. Cheguei a ligar para o presidente e dizer que iria encerrar a carreira. Fiquei muito triste em ver que nada estava dando certo dentro de campo. Comecei a questionar Deus por isso. Foi aí que descobri que estava com depressão. Tinha dúvidas sobre minha identidade. Não sabia mais quem eu era. É uma situação bem delicada. Antes achava que era uma frescura. Não tinha animo e acordava chorando. Só comecei a melhorar quando me abri para profissionais e para a família, além de tomar remédios. Com todo tratamento, voltei a ter identidade. Não era o melhor ou pior jogador do mundo, e sim filho de Deus – afirmou Kaká.

Ainda durante o discurso, o ex-jogador alertou sobre os riscos que as relações virtuais podem agravar ainda mais a doença.

– As redes sociais podem ser muito perigosas. Nelas, as pessoas podem dizer qualquer coisa e você não é o que as elas dizem. Não é verdade. Você precisa buscar a sua identidade. Se está passando por essa situação de depressão, procure os profissionais ou um líder espiritual. É muito importante falar com pessoas mais experientes sobre seu problema – disse.

Kaká agradeceu a mãe e a avó, que o fizeram ser cristão. Ele foi batizado aos 12 anos, quando também iniciou a carreira nas divisões de base do São Paulo. O ex-jogador contou também qual foi a sua grande experiência com Deus na juventude.

– Em outubro de 2000, estava nos juniores do São Paulo. Por estar suspenso de uma partida, fui para a casa dos meus avôs paternos. Brincando em um tobogã, acabei batendo a cabeça no fundo da piscina. Mesmo lúcido, fui levado para o hospital e os médicos não detectaram nada na hora. Dias depois, quando me apresentei ao clube, falei com o técnico que estava com dores na cabeça. Fiz vários exames e o médico me disse que era um milagre eu estar andando, pois tinha fraturado a sexta vértebra do pescoço. Mas graças a Deus, pude me recuperar e voltar a jogar normalmente – relatou.


Depoimento de alguém que superou a depressão

Sim, é horrível este sentimento!
Você sente um vazio tão grande por dentro, que parece um abismo dentro da alma.
Eu não sabia como lidar com isso, só sabia que precisava desesperadamente de ajuda; o problema maior era contar para as pessoas que convivem comigo o que se passava,então cometi o meu pior erro, eu não contei a ninguém. Mas tinha um alguém especial que sabia de tudo e que nunca desistiu de mim,Jesus! Por anos vivi a sombra de um passado triste e solitário, e pensei muita bobagem a meu respeito, a respeito da vida,pessoas,mas a maior bobagem de todas foi achar que Deus havia esquecido de mim...sim, a gente teima em perguntar-se: Por que Deus permite o meu sofrimento? Pra quê eu existo?etc. 
A verdade é que esta é a maneira que encontramos para fugir da verdadeira razão de todo sofrimento, pois existem diversos motivos para o surgimento da Depressão, o mais comum é a negação a si próprio( não gostar de nada que você faz) e a distância espiritual para com Deus. Claro, os dois estão intimamente ligados...e quando pensamos, Senhor por que me abandonastes? Lembramos que Jesus proferiu estas palavras pouco antes de morrer, mas não por que ele realmente acreditava nisso, mas sim por um momento em que estava atormentado pela dor física, e o desespero também é caracterísitica do ser humano. E no final descobri, que não foi Deus que me abandonou e sim, fui eu que o abandonei. Mas por ele nunca ter desistido de mim, é que estou aqui a contar esta história, pois tentações temos muitas quando estamos vulneráveis fisíca e espiritualmente. Mas eu soube suportar as provações que surgiram. Acredite, não é tão impossível assim que não valha a pena lutar, a vida é um presente(dádiva) tão lindo que basta olharmos a volta, as maravilhas são inúmeras...queres saber o que me salvou do fundo do poço, desta areia movediça que me sufocava?
A Fé! Mais não falo somente da fé em Deus, mas também a fé em mim mesma, acreditar em si e ver que você é muito mais capaz do que imagina. Pois hoje quando acordo, penso que tenho duas escolhas: Ser devorada pelos problemas,dificuldades,tristezas e medos e afogar-me dentro de mim OU Acordar com uma vontade toda minha ,toda especial de ser feliz; de ser uma pessoa que valoriza cada conquista, cada pessoa que passa em sua vida, cada momento com a família, que é infinitamente grata por tudo que possui: casa, trabalho,família,comida,amigos,etc. Acredite, quando você ver a vida com o olhar que realmente deveria ser visto, então você encontrará uma Paz imensa que residirá dentro de você, e todo sofrimento se dissipará como poeira ,porque finalmente você perceberá que venceu a maior batalha de todas: Venceu a si próprio!! E eu tenho certeza que és um(a) vencedor(a), pois todos nós somos desde que vimos ao mundo....Trago este testemunho para quem sabe poder ajudar alguém,mas saibás que para que possa sair dessa fase ruim você precisa passar por 3 caminhos: 
1º Admitir que precisa de ajuda, contar as pessoas que te amam (família,amigos) e deixar-se também ser ajudado(a) por eles ,mas principalmente ajude a você mesmo, seja forte;
2º Procurar ajuda médico-psicológica (e isso não é vergonhoso,nem leve para o lado da loucura; os remédios vão aliviar vários sintomas dolorosos), afinal, depressão é uma questão física também; 
3º Procurar ajuda espiritual, pois Deus te aceita do jeito que és, e estará sempre de braços abertos, lembre-se do que Jesus falou: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Confie em Deus, confie na sua fé e confie em você.
Se eu que não tive tanto apoio enquanto estive doente consegui SUPERAR e hoje estou bem, o que dirá de você que vai ser ajudado, querido e, é motivo de importância para tantos a sua volta, pense nisso! Se eu consegui você também consegue!!!

Relatos e testemunhos de quem superou a depressão

“Não é possível que ele esteja deprimido. Estava todo sorridente ontem à noite.”
“Mas você não parece estar deprimido(a)...”
“Ela é jovem e bonita. Por que teria depressão?”
“Ele tem tudo na vida: um bom emprego, uma família feliz, estabilidade financeira. Não faz sentido ter depressão.”

Existe algum tipo de “cara” para a depressão? Cara de desânimo? De derrota? De quem caiu do caminhão de mudança? Cara do Gato de Botas chantageando o Shrek?
Não é difícil ouvirmos alguém dizer “nossa, mas nem parece que você tem depressão”, como se apenas emoções como tristeza, apatia ou desânimo dessem conta de representar um estado depressivo. Como se expressar alegria fosse um atestado de saúde mental garantida.

É também comum o julgamento sobre quem está sujeito ou não a uma depressão: Aquele(a) que enxergamos como bem-sucedido(a) está “imune” ou “não tem o direito” de ficar deprimido(a). Será que temos real acesso aos medos e angústias do outro? E se esse outro for alguém importante para nós, e estamos perdendo a oportunidade de ajudá-lo a enfrentar uma dificuldade?

Depressão é coisa séria e demanda respeito ao tempo e à singularidade de cada pessoa. Utilizar a palavra sem a delicadeza e a seriedade que ela merece só contribui para banalizarmos o debate urgente que precisamos fazer sobre saúde mental. O estigma e o tabu continuam sempre que não abordamos essas questões com a profundidade que merecem.

O autodiagnóstico ou o diagnóstico superficial de uma depressão também são perigosos, principalmente diante de uma realidade de consultas rápidas e antidepressivos sendo prescritos com uma grande facilidade. Estar triste não é sinônimo de estar deprimido, e a ajuda de um profissional especializado – como psicanalistas, psicólogos e psiquiatras – pode dar novos destinos para uma depressão que paralisa a vida.
As maneiras para se lidar com ela são variadas e devem estar alinhadas com o perfil de cada pessoa. Há quem prefira a análise, e há quem prefira a meditação, por exemplo. O importante é ter em vista que o cuidado com a saúde mental deve ser de longo prazo, e não uma solução rápida que resolva situações pontuais.
Na semana passada, a organização americana Blurt, voltada para a conscientização sobre depressão, fez uma campanha com a hashtag #WhatYouDontSee (#Oquevocênãovê). O objetivo era as pessoas compartilharem depoimentos sobre aquilo que não é visto em uma pessoa deprimida.
“A depressão pode afetar qualquer pessoa, em qualquer momento da vida, independente da idade, do gênero e das circunstâncias pessoais. É uma doença invisível: vendo de fora, você não consegue dizer quem está sofrendo”, alerta a Blurt.

Qual o tratamento para a depressão?

As formas mais comuns de tratamento são os medicamentos antidepressivos. Os especialistas parecem concordar que a depressão deve ser tratada quando há interferência prolongada na atividade social e no trabalho. A maioria também acredita que o tratamento deve ser considerado quando o sofrimento pessoal for intenso, mesmo se o paciente estiver, pelo menos aparentemente, vivendo plenamente suas atividades.

O que causa a depressão?

A depressão tem muitas causas. Na realidade, é quase sempre causada por uma combinação de fatores. Não existe uma explicação definitiva sobre o motivo de uma pessoa poder vir a sofrer de depressão e outra não. Para cada pessoa há um padrão complexo e individual de fatores que trabalham juntos e que permitem ou evitam que o indivíduo desenvolva a depressão em um determinado momento da vida. 

Algumas vezes é possível identificar o fator desencadeante da depressão. Mas há ocasiões em que a depressão se manifesta sem razão aparente, mesmo para as pessoas cuja vida parece estar indo muito bem. 

Algumas razões para que isso ocorra são: 

Eventos externos da solidão que resulta de dificuldade de relacionamento, aposentadoria, problemas financeiros e legais podem desencadear depressão. A tristeza por causa da morte de um ente querido pode ou não evoluir para depressão. 

Pesquisas têm demonstrado que as características individuais são importantes. É mais provável que se desenvolva depressão se o pai ou a mãe também viveu essa condição. Entretanto, nem todos os que têm história de depressão na família desenvolverão esse transtorno mental. 

Fatores fisiológicos e bioquímicos da depressão parecem ocorrer em conseqüência de um desequilíbrio das substâncias químicas do cérebro, os neurotransmissores. 

Outras condições médicas podem causar sintomas que são muito similares aos da depressão, como os acidentes vasculares cerebrais, as doenças endocrinológicas e alguns medicamentos, por exemplo. 

Os sintomas da depressão

O termo depressão se refere a uma tristeza persistente ou perda de interesse e/ou prazer na maioria das atividades. 

A depressão é acompanhada por alguns dos seguintes sintomas: 

• Mudanças no apetite e no peso 
• Mudanças no padrão do sono 
• Agitação ou retardo psicomotor que é notado pelas outras pessoas 
• Perda de energia ou sentimento de cansaço durante todo o tempo 
• Dificuldade para se concentrar ou tomar decisões 
• Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva 
• Pensamentos repetitivos de morte ou suicídio 

Você pode sentir-se triste de vez em quando, e isso é normal

Todos os dias podemos conviver com algum sofrimento ou tristeza que é momentâneo. Isso é normal. Ficar triste porque um ente querido faleceu e passar por um período melancólico pode fazer parte do dia-a-dia de qualquer um. Após um curto período de tempo, volta-se a viver normalmente, não havendo mais prejuízo na qualidade de vida. Quando usamos o termo depressão, estamos nos referindo a um transtorno médico, cujos sintomas e duração são específicos. O tipo de depressão que necessita da atenção dos médicos afeta o humor, os pensamentos, a atividade física e o comportamento, de várias formas.

Compreendendo a depressão

• O que causa a depressão? 
• Quem pode sofrer de depressão? 
• Como a depressão pode ser tratada? 
É importante compreender que quem sofre de depressão não precisa se sentir culpado e que não existe razão para ficar envergonhado. Depressão é uma condição médica, como diabetes ou artrite. Não é sinal de fraqueza ou falta de vontade. Você não se sentiria envergonhado se precisasse tratar de diabetes ou artrite. Da mesma forma, não deve sentir-se envergonhado do tratamento de depressão. Tenha a certeza de que você não está sozinho. Depressão é mais comum do que as pessoas imaginam. Ela ocorre em todas as idades, em ambos os sexos e em qualquer fase da vida. Só nos Estados Unidos, cerca de 20 milhões de pessoas sofrem de depressão. Acredita-se que uma em cada cinco mulheres e, um em cada dez homens irá sofrer de depressão em algum momento de sua vida.